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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Dia Nacional do Livro Didático


Hoje é o dia de refletirmos sobre a importância de um item que foi presente em nossas vidas escolares: o livro didático. Quem nunca voltou pra casa com um volume grosso de biologia ou química? Pois é. Eu ficava feliz quando meu nome era o primeiro assinado na capa do livro, hehe. E quando tinha que levar para casa e encapar? Eu e nostalgia.

Mas os tempos foram mudando e eu não gostei do resultado. No Ensino Médio vieram com um tal de Jornal do Aluno, que substituiria o livro didático. Era um troço horrível: ocupava mais espaço que a carteira. Também não durou muito, logo foi substituído pelas apostilas, que são piores ainda. Se você pensa que é algo comparado às apostilas do Anglo e Objetivo, não se iluda. Está mais para aquelas revistas fininhas de farmácia, sabe? Só que sem a qualidade do papel, da diagramação e até mesmo de conteúdo.

Continuam a sustentar a tese de que as apostilas servem apenas de apoio aos livros didáticos, mas na minha época de Ensino Médio (anos 2008-2010), não era bem assim. Os livros foram praticamente deixados de lado. Foi o fim de uma era.

Livro Didático e seu intermediador

Mas o Livro Didático nada seria sem seu principal intermediador: o professor. Claro, com exceção dos autodidatas, os demais vêm nessa figura - que traduz o conhecimento escrito de forma que ele alcance pessoas - um facilitador do conhecimento.

Por isso, registro aqui um poema que encontrei e que trata dessa relação livro-professor.


Nessa data, reflita sobre o papel que os livros didáticos tiveram em sua vida. Não sei vocês, mas eu nunca vou esquecer o ALP, livro didático de português que usei no Fundamental II e de como minha escrita melhorou significativamente com o auxílio dele.

Por isso, desejo para todos nós um Feliz Dia Nacional do Livro Didático!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Texto interrompido

Quando eu falo sobre o passado, tudo é preparado com cuidado: o discurso, o tom da fala, os sentimentos. Essa prévia, antes perceptível  a qualquer expectador mais atento, agora é disfarçada após anos de treino. E eu engano bem. 

Meu passado é algo domado em mim, mas não sem muita luta. Jacó e o anjo lutando madrugada adentro não chegam perto do que passei para controlar lembranças e ódios que foram tatuados na minha alma, assim como a sequência de dígitos que trago no pulso.

No entanto, há exceções. Quando me jogam lembranças abruptamente em meio a conversas banais, sou presa fácil. As palavras anteriormente domadas me pegam desarmada. Não sei lidar.

A verdade é que quando ensaio tenho tempo para me acostumar com o fato de que quem está ao meu redor sabe muito sobre mim. Sabe mais do que eu gostaria de contar. Mas quando sou pega de surpresa, me sinto envergonhada por um lado tão pessoal ser assim amplamente conhecido a ponto de ser abordado da maneira mais banal e rotineira.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Sexo com Reis


OBS: Livro lido e resenhado para o Reading Challenge 2015, referente a categoria Um livro escrito por uma mulher.

Etapa: 2 de 52


Adquiri meu exemplar em uma sebo por R$15,00. Uma aquisição excelente. 

Se você está lendo a resenha pensando que esse é um livro de contos eróticos, vou ter que te decepcionar. Na verdade a autora Eleanor, que é jornalista, está mais focada em retratar um papel social do que era, digamos, um item obrigatório para os reis da Idade Moderna: uma amante. Ser amante naquela época era mais do que um simples caso extraconjugal, era um título. Um monarca poderia ter várias amantes, mas uma delas sempre era "a oficial" e recebia um maîtresse-en-titre. De acordo com cada época, isso poderia significar desde a influência política, artística e diplomática até alguns benefício$$ e títulos de ducado e marquesado.

A prática era tão comum, como uma herança histórica, que chegava a ser tolerada e incentivada pela Igreja. O casamento real era visto apenas como uma maneira de gerar herdeiros legítimos e manter a nobreza do sangue; a rainha, por sua vez, era limitada à sua fertilidade, além de ser educada para a frigidez. Esse conjunto de fatores, embora possa parecer motivo suficiente para justificar a presença da amante, contava com absurdos: havia reis que odiavam suas amantes, mas as tinham por convenção. Vai entender.

O livro dá exemplos não só da Inglaterra, mas também da França, Alemanha, Bávaria, Rússia e outros países europeus. E, após a leitura, fica quase impossível não ter uma listinha de amantes preferidas. Eu, por exemplo, gostei do caráter destemido da Gabrielle d'Estrées (amante de Henrique IV da França), da obstinação de Madame Pompadour (amante de Luís XV da França) e também da irreverência de Nell Gwyn (amante de Carlos II da Inglaterra).

Um livro essencialmente histórico, com gotas de sagacidade e observações pontuais. Se você gosta de ler sobre a monarquia e conhecer o lado mais humano do que o nobre, esse é o livro. Particularmente, meu interesse pela realeza não vem de Lady Di, mas sim de Henrique VIII, e pensei que me deliciaria com revelações bombásticas em relação à Ana Bolena. Maaaaas não foi bem assim. O livro traz poucas passagens sobre os dois (se não me engano, apenas duas ou três), no entanto o conteúdo é suficientemente instigante.

A autora utiliza-se de uma escrita sem pudores: munida de seu amplo conhecimento da época, revela escândalos polêmicos, reduz a corte da época ao seu caráter fétido e promove uma reflexão sobre posições sociais adquiridas. Um livro que informa ao mesmo tempo que diverte. Recomendado.


Autora: Eleanor Herman
Editora: Objetiva
IBSN: 8573027347
Páginas: 272
Edição: 
Ano: 2005

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Jane Austen


Website oficial (em inglês) | Site Jane Austen (em português)


Jane Austen figura entre os principais escritores ingleses, sendo que seu livro mais notório (em relação às adaptações) é Orgulho e Preconceito. Além dos seis livros apresentados na imagem acima, Jane também publicou uma peça teatral e três outras obras curtas.

O estilo da autora

Fazendo um registro de sua época, em suas obras Jane Austen aborda a questão da mulher na sociedade e a relação da mesma com o matrimônio. Também faz crítica às aparências e conveniências sociais que julgam o caráter a partir da classe social.

Seus personagens são desenvolvidos ao longo da narrativa e chegam a amadurecer ou mudar o comportamento e visão do mundo através da vivência social.

Ao ler Austen, fico fascinada em ver como a autora molda personagens perspicazes, capazes de analisar a fundo uma situação e descobrir-se certo ou errado apenas com uma reflexão aprofundada dos fatos.

Nada nos romances de Jane é fugaz ou banal. Suas personagens femininas são o foco do narrativa, que se conduz através delas. Não é uma leitura que limita a mulher aos padrões antigos, muito pelo contrário. Ele dá vida às personagens de modo que elas conduzem seus próprios destinos, apesar dos imprevistos e reviravoltas da narrativa.

Romances publicados e Personagens marcantes

Jane Austen: além dos livros

Jane rendeu muitas releituras de suas obras. No YouTube você encontra adaptações muito boas:
  • Minissérie Orgulho e Preconceito (Produção da BBC) - Legendado
  • Vlog com Adaptação de Orgulho e Preconceito - Legendado

Obras como Razão e Sensibilidade, Emma e Persuasão também foram adaptadas para filmes. Mas, se você é fã do estilo e das obras da autora não deixe de assistir O Clube de Leitura de Jane Austen, que promove um verdadeiro debate sobre o significado de seus escritos.

E você, já leu Jane? Deixe nos comentários suas impressões.